quarta-feira, 27 de junho de 2012

As roupas do Batatinha

 Andei lavando umas roupinhas de cachorro e peguei algumas para ver se serviriam no Batatinha. Ele tá impossível! Parece que, cada vez que vai ao veterinário, volta mais esperto, ou seja, foi uma missão quase impossível vestir ele. Mordia minhas mãos, as roupinhas, latia, corria... mas consegui! Vesti a primeira roupinha, coloquei ele sentado numa cadeira e ele ficou parado. Peguei a máquina fotográfica e chamei: "Batata!". Ele virava pro lado da máquina e ficava paradinho, quietinho! Impressionante! Parece que sabia que estava sendo clicado!
Peguei a figura, tirei a roupa e entre mordidas e latidos, vesti outro modelito. 
 Coloquei a figurinha na mesma cadeira e a cena se repetiu:  
 "Batata!"
 "Hã?!"
 Outro modelito: "Batata!"
 "Hã?"
 E o último modelito, uma camisa pólo! Olhem que chique: "Batata!"
"É chato ser gostoso!"
O guri leva jeito para ser modelo!

domingo, 24 de junho de 2012

Operação Tapa-buraco no Recanto - 3, 4 e 5 de junho de 2012

No comecinho do mês, Leonardo, eu, Tombinho, Brigitte e Batatinha fomos ao Recanto para a Operação Tapa-buraco. Esta operação consistiu em tapar o que era para ser um açude, que o antigo proprietário tentou fazer no Recanto.
A novidade desta vez, foi a companhia da Brigitte, em sua primeira viagem e primeira vez no Recanto.
 Brigitte, Tombo e as plantas dentro do carro.
 Brigitte, um pouco assustada, e Batatinha já no Recanto.
 Saímos de Porto Alegre num sábado de noite com reboque e carro lotados. Além de 2 cachorros e meio ( o meio é o Batatinha!), levamos várias mudas de árvores que estávamos cultivando em Porto Alegre, esperando passar o verão para plantá-las em Maquiné.
Segundo a minha mãe, que fica com a bicharada nas minhas saídas, a Bibi sempre fica muito triste quando saímos, mal come e mal sai de dentro de casa por isso, prometi à ela que a levaria no dia do aniversário. 
3 de junho era o dia do aniversário, há 8 anos atrás, num dia de chuva, encontrei um bola de nós no meio da principal avenida de Alvorada, dentro de uma poça d'água. Naquela época eu trabalhava em Alvorada e estava indo para o trabalho quando avistei aquele cachorrinho deitado no meio da água. Era a Bibi!
A Bibi se comportou muito bem durante a viagem, ficou quietinha no banco de trás, dormindo e olhando para os lados de vez em quando, tentando entender o que estava acontecendo.
Quando chegamos no Recanto ela ficou um pouco assustada. Também pudera, né? Ela chega numa escuridão, num lugar que nunca viu ou cheirou antes. Não quis nem saber de tentar descobrir onde estava, coloquei a caminha dela embaixo da mesa e lá ela ficou, quase sem se mexer. Depois foi se soltando dentro de casa, cheirando todos os cantos, mas ir para a rua, nem pensar!
Ouvindo os passinhos pela casa, percebi que ela ficou um pouco agitada durante a noite,  mas amanheceu e,   finalmente viu onde estava e acho que gostou!
Começou caminhando por perto, sem nos perder de vista. Só saía do lugar se a chamássemos.
Pelas 9hs chegou o amigo Márcio, de Osório, para fazer um treininho de rolamento na lagoa com o Leonardo. Tombinho, Brigitte e eu acompanhamos eles até o rio para vê-los entrar na água.
 Márcio, quase na água, Leonardo ajeitando os caiaques e Brigitte, curiosa na beira do rio.


 Leonardo estava indo com o La garantía soy yo e levando o Black Jack de reboque.
 Homens e caiaques na água, Tombinho, Brigitte e eu voltamos para a casa e tratamos de ajeitar umas coisinhas e preparar o almoço.
 Bibi preferiu ficar dentro de casa.
 Enquanto Batatinha e Tombinho tomavam um solzinho na varanda.
 Coisa mais querida a Bibi!
 O almoço ficou pronto e Márcio e Leonardo não chegaram na hora que haviam programado então,  lá fomos nós três de novo, eu, Bibi e Trumbico, esperar por eles na beira do rio. O sol estava ótimo mas o ventinho tava chatinho.
Márcio chegou e desceu logo do caiaque, já o Leonardo...


 ...resolveu dar mais um tchibum.


 Tombinho foi buscar o pai.
 Que chegou feliz.
 Mesmo tendo quebrado  sua obra-prima, o remo groenlandês, feito por ele, assim como o caiaque Black Jack.
Enquanto estávamos na beira do rio, chegou o Leonardo Maciel, amigo de Santo Antônio da Patrulha e companheiro de remadas. Subimos para a casa para almoçar. Preparei um almoço quase italiano: massa com soja de pressão, polenta mole e brócolis com molho branco, pois não sabia se o Márcio ia gostar da soja. Não sei se ele estava tão feliz por ter feito o primeiro rolamento, ou se ele realmente aprovou a soja. 
Leonardo Maciel já havia almoçado e trouxe deliciosas bergamotas da fazenda, que comemos ao longo da tarde acompanhando o bate-papo. 
Foi uma tarde muito agradável na companhia dos amigos! Obrigada pela visita e voltem sempre!
Havíamos marcado a Operação Tapa-buraco para o dia seguinte, uma segunda-feira, mas amanheceu chuviscando  e a patrola não apareceu.
Quem apareceu foram os pais do Leonardo com Filomena e Godofredo.
A chuva ia e vinha... ora mais forte, ora mais fraca, ora nada. Depois do almoço até apareceu um solzinho. Liguei para o senhor da patrola e ele disse que  estaria lá em uma hora. Chuviscou de novo e ele não apareceu. Mas foi um chuvisqueirinho tão mixuruca, que desanimamos.
Dona Sonja e eu ouvíamos barulho de patrola chegando o tempo todo, mas não chegava nada.
Seu Egon e dona Sonja voltaram para Rondinha e lá se foi nosso segundo dia no Recanto. A Operação Tapa-buraco tinha ido por água abaixo!

 Acordamos no dia seguinte, tomamos café e Leonardo colocou a roçadeira a funcionar cedinho. Pensei com meus botões que não ligaria mais para "a patrola", pois ele teve chance de vir no dia anterior e não veio. Estava eu lavando a louça ao som da roçadeira quando ouvi uma patrola e pensei que devia ser mais um caminhão ou camionete passando na estrada, até que o Tombinho começou a latir desesperadamente e o barulho foi aumentando. Saí na rua e dei de cara com uma patrola descendo na direção da casa com um Tombinho apavorado latindo, atacando e fugindo daquele monstro que invadia seu território, era a patrola!
 Não demorou muito e os trabalhos foram abertos. Começava, finalmente, a Operação Tapa-buraco! Para ver como era o buraco aberto, cliquem  aqui . Por coinscidência, contratamos para tapar o buraco, a mesma pessoa que o abriu para o antigo proprietário.

Enquanto a patrola tapava o buraco, Leonardo e a roçadeira roçavam o mato
 e Tombinho caçava alguma coisa na taipa sob a supervisão da Brigitte, que já estava bem mais à vontade.

Mais tarde fomos todos para a parte da frente do Recanto. Leonardo roçou a "calçada",
 enquanto eu tentava proteger um pouco mais, a hortênsia que plantamos no mês passado e já foi pisoteada por pessoas "civilizadas".
 Também plantei duas azaléias que aguardavam essa transferência desde o começo do ano.
 Quem apareceu também, foi o Xirú, o cachorro do vizinho que havia se soltado e se enrabichado por uma cadela da vizinhança. Parece que a paixão acabou, pois finalmente, achou o caminho de volta.
 E a patrola seguiu funcionando o dia todo até escurecer, por isso não deu para fotografar o trabalho pronto.

 Leonardo chupando uma berga e supervisionando a Operação Tapa-buraco.
 Leonardo e a Timbaúva.
 Com a Operação Tapa-buraco cumprida, recolhemos tralhas e cães e seguimos viagem de volta para Porto Alegre. Saímos bem tarde do Recanto, quem estava dormindo no sol da tardinha, continuou dormindo no carro.

Caiacada no rio Camaquã e Lagoa dos Patos - segundo dia - 6 de maio de 2012

Depois de uma noite de sono para recarregar a bateria, acordamos cedo, tomamos café, juntamos as tralhas e tratamos de colocar os caiaques na água para passarmos pela Lagoa dos Patos sem ondas. 
Logo que amanheceu, o sol nos deu bom dia e se escondeu em seguida, voltando vez que outra no meio das nuvens.
A lagoa estava tranquila, sem vento, sem ondas, como eu gosto!

Esta região do Delta do Camaquã me surpreendeu pelas várias prainhas existentes que nos obrigavam a fazer um rápido pit-stop. Não sei como é em épocas de cheia, mas acredito que, uma que outra praia deva resistir, principalmente na Lagoa dos Patos.

Outra prainha, outra paradinha.

A transparência da água na lagoa foi um dos grandes atrativos desta remada. 

Pena que não estava quente o suficiente para um banho.
Remamos por alguns canais de ligação entre o rio e a lagoa. 



Passamos por muitos galhos e árvores encalhadas nas praias. Árvores enormes trazidas pelas águas nas cheias.


Leonardo, Maria Helena e Trieste no duplo, e Hélio.


Última parada antes do almoço, uma ponta de areia maravilhosa! Ótimo local para um futuro acampamento.

Local do almoço, uma "floresta"de eucaliptos e uma prainha com dóceis, famintos e divertidos lambaris.


Leonardo filmando seu Pedro alimentar os lambaris logo na chegada.

Logo após o almoço, mais uma parada numa prainha que o seu Pedro queria nos mostrar.
Todos ficaram admirados com o tamanho da raiz de um eucalipto tombado.
Como parte da raiz permaneceu na terra, a árvore continua viva e verde.

Voltando para a água para começarmos a última parte da remada.
A remada acabava na balsa e a expectativa era ver a casa, quase ao lado do atracadouro da balsa, onde Garibaldi teria morado ou apenas terminado a construção de dois lanchões utilizados na Revolução Farroupilha. Faltaram informações mais precisas sobre isso, mas ficou a certeza de que a região é rica em beleza e em história. Falta a valorização. Valorização desta memória e desta riqueza natural. 

"Na Pacheca existem outros lugares históricos: a Fazenda da Tapera, sesmaria dos Centenos; a da Barra, próximo ao atracadouro da balsa que passa para a ilha de Santo Antônio. Ali tem o local da primeira casa de D. Antônia Gonçalves da Silva, irmã de Bento Gonçalves. A fazenda chegou a ter 500 empregados na década de 20.
Quando Garibaldi chegou à Sesmaria do Brejo, também de propriedade de D. Antônia, já encontrou dois lanchões em construção, sob a orientação do norte-americano John Griggs. Nos galpões da velha charqueada o governo republicano mandou construir o seu estaleiro. No final da Revolução Farroupilha, bento Gonçalves se recolheu à Estância do Cristal, então em Camaquã." Fonte: http://www.camaqua.rs.gov.br/110/11025007.asp

Leonardo passando pela casa onde morou ou passou Giuseppe Garibaldi.
O trecho a ser remado no domingo era menor do que sábado, o que nos permitiu as várias paradas e uma verdadeira remada de contemplação! Ainda chegamos cedo na balsa onde o amigo do seu Pedro já nos esperava com a namorada e a super Rural. 

Os melhores amigos sempre por perto!
Mais uma bela remada! Esta, com uma pitada extra de emoção. Emoção por ver tanta beleza natural e saber que passamos por um local tão rico de história! Natureza e história, duas riquezas em extinção.