terça-feira, 28 de outubro de 2014

Uma remadinha, depois de muito tempo.

Começando a remadinha no fundo do quintal. 
  Depois de muito tempo, acho que um ano, sentei num caiaque novamente. Leonardo havia sugerido um pic-nic de aniversário mas andar de caiaque não é exatamente o que eu gostaria de fazer no dia do meu aniversário então, deixamos para outro dia que acabou acontecendo na última sexta-feira. 
Na foz do rio Maquiné. 
 Leonardo entrando na Lagoa dos Quadros.
 Saímos dos fundos do casa, pelo braço morto do rio Maquiné, e adentramos na Lagoa dos Quadros, há pouco mais de um quilômetro do Recanto. O tempo estava bom, quente, sem vento. A lagoa estava um espelho!



 Ao longe dava para ver os novos "cata-ventos" de Capão da Canoa, que fotografei no zoom máximo da minha máquina.
Eu, o Tubarão Clandestino e as nuvens. 
Foto do Leonardo
Da nossa casa até as Figueiras, tradicional local de acampamento dos remadores, dá uns sete quilômetros. Um pouco antes de chegar nas Figueiras tem uma casinha que adoro, e remei um bom tempo procurando por ela.
Ei-la! Sou apaixonada por ela desde a primeira vez que remei na Lagoa dos Quadros e acampamos nas figueiras. Um tempinho depois, começamos a procurar um sítio para morar e comentava com o Leonardo, como gostaria que aquela casa estivesse à venda. Quatro anos se passaram e a casa está mais judiada, mas continua charmosinha.
 Foto do Leonardo
 Chegando nas figueiras e vendo os cata-ventos mais perto.
 Pic-nic à vista!

 Arrumando a "mesa".
Foto do Leonardo
Mesa posta: empadinhas de palmito, rolinho de tomate-seco com rúcula e ricota e ovo cozido.
 Nós. 
Foto do Leonardo
Ele.
 Eu confesso que almocei um pouco apreensiva, com vontade de voltar logo para a água porque achava que o vento tinha aumentado um pouco. Não era nada demais, mas depois de alguns apuros que passei em remadas passadas, agora me sinto desconfortável com o mínimo balanço do caiaque.
Por conta deste medinho, não tirei nenhuma foto no retorno pela lagoa, até chegar de volta ao rio, que estava bem esverdeado devido o acúmulo de algas.
Foto do Leonardo
 Leonardo ficou fotografando algumas aves próximo a balsa e para não me distanciar muito dele, parei de remar e deixei que a água levasse o caiaque. 
Terminada a sessão de fotos voltamos a remar. 
Foto do Leonardo 
Passamos reto pela nossa casinha porque eu queria ir adiante do braço morto, onde só havia ido uma vez. Foi interessante ver a casinha de um ângulo diferente.
Foto do Leonardo
 Mais uma vez, Leonardo parou para fotografar e eu fui um pouco mais adiante, sem me demorar muito.
 Avistamos uma ave diferente na vegetação ribeirinha. Dei um zoom e fotografei rapidamente, me afastando para deixar que Leonardo tirasse fotos com a máquina dele, que é bem melhor que a minha.

Gostei de ficar olhando nossa casinha do rio.  Chamei pela cachorrada mas ninguém ouviu.  
Não parece, mas a casa não fica muito próximo do rio.
Últimas remadas do dia. 
Desembarquei do caiaque e fiquei fotografando e filmando Leonardo, enquanto ele treinava algumas manobras como esta da foto, que se chama "as mina pira". 
Que venha a próxima remada, mas sem vento e sem ondas!

sábado, 25 de outubro de 2014

O deck

 Entre as arrumações da mudança, Leonardo vai aprimorando a casinha com seu talento de carpinteiro e com a ajuda do amigo Tiago, ele começou a fazer o deck da casinha.
Às vezes, fica um pouco difícil trabalhar por aqui, pois o trabalho é interrompido por algum cachorro carente. Ou vários...
 Dá-se uma disfarçada, faz a volta na casa tentando fugir, sai de um lado e vai para o outro, mas não tem jeito. Logo, logo é descoberto novamente.
 E desta vez, o ataque foi fulminante, derrubando o adversário.


 O trabalho no deck foi interrompido por alguns dias, pois Leonardo descobriu um ninho de uma rolinha na laranjeira que fica bem grudada ao deck. Para não assustá-la serrando madeira e dando marteladas, não custa esperar mais um pouco para ter o deck pronto.
 Mesmo sem estar pronto, o deck foi aprovado por unanimidade. Sissi fez dele o seu observatório.
 Frida também gosta de tomar um solzinho pela manhã, olhando a paisagem.
 Já a Branquinha não está muito interessada na paisagem e cochila aquecida no sol. Tirei a foto de dentro do quarto, com cuidado para não interromper o soninho da velhinha.
 Meu Lord Pinheirinho adorou o canto embaixo da laranjeira. Dali ele pode cuidar a parte baixa do pátio e para cima também. Garoto esperto!
 Leonardo também aproveita para tirar fotos. Sempre bem acompanhado!
 As visitas também aprovaram. Clayton, Leonardo, Pinheirinho, Tombinho e Frida numa conversa matinal.
E finalmente, um chimarrão no fim da tarde com este belo visual!

sábado, 18 de outubro de 2014

Catando conchas. By Leonardo Esch

Estava tentando fazer a postagem sobre a mudança e queria anexar um vídeo que o Leonardo gravou no quarto dia de mudança, mas e quem diz que eu consigo baixar o dito do YouTube? Tenta daqui, tenta dali e nada. Nessas tentativas, vi a enorme relação de vídeos que o Leonardo tem no YouTube, a maioria sobre caiaques, e achei um que não lembrava que ele havia publicado. Não tem nada demais, aparece eu catando conchas na Praia do Mar Grosso, em São José do Norte. Foi um  pequeno passeio que fizemos em 2011 e só publiquei agora, em agosto. Quem não viu, pode conferir aqui
Tombinho foi junto e dá pra ver que ele está perto do Leonardo enquanto ele filma. Deve estar pedindo para o pai jogar a bolinha. :-) E eu, enchendo as mão de conchas. Fico maluca na beira da praia, vontade de levar a praia toda para casa, minha sogra também é assim, mas para quê, né? Fazer o que com tanta concha? Eu fiz saboneteira e quadrinhos e a sogra fez uma guirlanda, mesmo assim, acho que é doença... :-)


Quanto as postagens sobre a mudança, acho que vou fazer um resumão. Numa outra hora.
Bom final de semana a todos!

domingo, 12 de outubro de 2014

Resumo da semana ou "tantas emoções!"

 Esta foi uma semana para testar o coração.
"Como diz o Chico Pinheiro, "coragem porque hoje é segunda-feira!" e assim, a segunda começou puxando meu tapete e levando embora a minha irmã mais nova, Serena. O pai ligou dando uma notícia que eu não esperava até porque, ontem mesmo eu fui na mãe e brinquei com a Serena como nos velhos tempos. E a mãe contou que assim ela estava hoje de manhã, brincou com o Bambam, parecia bem disposta. A mãe colocou ela para dentro e quando entrou de volta, a Serena estava morta, deitada no tapete em frente ao sofá dela. Difícil e doloroso acreditar! Quarta-feira ela tomou seu último banho e pesamos: 55,5 kg de puro dengo. Nossa monstra se foi!" 
Acima, o textinho que publiquei no Face para comunicar a morte da minha irmãzinha, nossa pequena monstra, nossa poodle, que tinha muitos amigos no Face e assim como eu, levaram um susto com a notícia e abaixo, o agradecimento que fiz pelas manifestações de carinho que recebemos.
 "Foi um choque, pois não esperávamos mas faz parte, né? Agora é esperar o tempo fazer sua parte. Gostei de ver o carinho com que aqueles que conheceram a Serena pessoalmente, falaram dela. Da turma dos focinhos lá de casa, ela foi a única que não foi recolhida na rua. Ela foi um dos 12 filhotes de uma ninhada de Dogue Alemão, e era a menorzinha deles. Um vizinho, dono da Nina, mãe da Serena, escolheu o filhote maior para ele e doou os outros. As pessoas foram escolhendo os maiores e mais bonitos e ninguém quis a pequena Serena. A mãe resolveu ficar com ela para ser a "cã" de guarda da casa, mas eis que o cão de guarda da casa pensava que era um poodle e, ao invés de ficar na rua, fazendo a guarda, dormia no sofá da sala. A poodle chegou a pesar 63 kg, até que em abril deste ano foi diagnosticado displasia e a doença do carrapato. Ela ficou muito mal e emagreceu muito. Demorou para se recuperar mas se recuperou, vinha engordando de novo e brincava como a boa e velha Serena, que não era velha, tinha só 7 anos completados em julho. Quando achávamos que estava tudo bem, ela nos prega esta peça. Deve ter sido o coração. O coração que era para servir só para bater e não para conquistar e encantar. Não me digam que os animais não têm sentimentos e que os animais agem por instinto. Só se for o instinto de amar. Eles passam por nossas vidas e deixam marcas profundas."
E abaixo, a publicação da amiga e veterinária Patrícia para a Serena. Achei tão lindo!
 "Então uma tristeza enorme tomou conta de mim.... Serena foi pro céu....a poodle que desfilava pela clínica espalhando um amor sem igual...eu ia pedir uma foto semana passada mas não quis incomodar a,mana dela....virou estrelinha junto com os outros que a Pati carregará no peito pra sempre....assim como sei q a Joana ,o Rodrigo ,o Paulo ,o Marcio tb — se sentindo triste com Tiane Bossle."

Eu pensava que tinha o coração de pedra, pois dificilmente choro quando perco um animal. Até achava estranho isso e uma vez, comentei com um grande amigo, que disse que isso devia ser uma defesa minha, já que lidava com tantos casos tristes. Em compensação, choro até em propaganda de margarina. Mas quando o pai ligou contando da Serena, não consegui falar no telefone. Dei um tempo, liguei para a mãe e caímos as duas no choro. Isso foi na segunda, dia 6 de outubro. Havia marcado um almoço com a família para quarta-feira, para comemorar meu aniversário que seria na sexta. Mandei mensagem para o meu irmão cancelando o almoço, pois não tinha mais clima para comemorar nada. Em seguida ele respondeu que estava na casa do pai e da mãe com eles. Liguei pra ele para tentar saber direitinho o que tinha acontecido com a Serena. Ele contou calmamente  e eu ouvi, mas na hora de falar, não consegui, voltei a chorar.
Quando a pessoa ou o bichinho estão doentes e a doença vem se prolongando e trazendo sofrimento para o doente, a gente vai se preparando como se estivesse se despedindo aos poucos desta pessoa, ou bichinho. Mas quando a gente não espera por aquela perda, e é precoce, dói tanto! 

 De tarde mandei uma mensagem para a mãe, me desculpando mas avisando que eu não ia mais ligar para ela na segunda, pois a gente acabaria caindo no choro toda vez. Disse que iria ver com o Leonardo para ir à Porto Alegre o quanto antes para conversarmos pessoalmente. Ela não respondeu mas não demorou muito, estavam o pai e a mãe na porteira do Recanto.
 Que surpresa! Foi o meu irmão quem sugeriu a eles que viessem me ver para me acalmar e para a mãe espairecer um pouco. E como fez bem esta visitinha de médico! Acho que não ficaram duas horas no Recanto mas foi o suficiente para nos reconfortarmos. Em certas horas, nada melhor do que um abraço!
Leonardo e eu fomos a Porto Alegre na terça, mantive o cancelamento do almoço de aniversário na quarta mas combinei um almoço com papis e mamis na sexta, dia 10, dia do meu aniversário, em Osório. O pai e a mãe adoram uma estrada e não se importaram nem um pouco de viajar uma hora para almoçar. 
E foi um ótimo almoço! Pai e mão trouxeram junto meu tio Sérginho, irmão do meu pai, outra pessoa especial na minha vida.
Depois do almoço, pai, mãe e tio Sérginho voltaram para Porto Alegre e Leonardo e eu, resolvemos voltar por um caminho diferente e acabamos fazendo um belíssimo passeio pelas serras do Rio Grande do Sul. O retorno para casa, de Osório para Maquiné, que normalmente seria de, no máximo, meia hora, durou 5 horas!  
No caminho para o almoço, Leonardo me perguntou como seria um dia de aniversário perfeito. Respondi que seria reunindo toda a família, que considero meus pais, meu tio, meus irmãos e meus sogros. Mas isso é difícil! Minha irmã mora me Ingleses, meus sogros em Nova Petrópolis e agora,  Leonardo e eu em Maquiné...  
Na volta para casa comentei que me aniversário havia sido quase 100%! Pena, que esqueci a máquina fotográfica em casa e não fiz nem um registro do almoço e do passeio.
E para fechar a semana, hoje recebi outra triste notícia. Tia Moça, tia do meu pai, irmã do meu avô Zéca, faleceu sábado de noite. Ela era a única irmã ainda viva desta família da foto acima, a família Bossle. No centro, de casaco preto, está a vó Chiquinha, minha bisavó, matriarca da família.
A tia Moça estava com 94 anos e estava com câncer, descoberto este ano. Da tia Moça só guardo lembranças boas como os dias que eu e meus irmãos passávamos na casa dela e da tia Picucha, irmã dela e do vô, e elas faziam todas as nossas vontades, preparavam doces maravilhosos para nós, faziam a salada preferida de cada um, tomate para o meu irmão, alface para a minha irmã e pepino para mim. Elas também montavam um Presépio maravilhoso todos os anos, e todos os anos perto do Natal, nós íamos na casa delas para ver aquele Presépio enorme, todo iluminado, com laguinhos de espelhos para os patos, barba de pau revestindo a gruta e a Estrela Guia magicamente pendurada no alto. Era um sonho! Ficávamos um tempão olhando!
E os acampamentos regados a café com leite condensado? Bah!!! Leite condensado lá em casa era artigo de luxo, só tinha em ocasiões especiais. Nos acampamentos que fazíamos com as tias, o café da manhã que elas preparavam para nós três era café preto com leite Moça, que substituía o leite de vaca. Nossa! Como era bom!!!! E por falar em leite Moça, agora vem a máxima da tia Moça para mim. Ela dizia para a gente, que a moça com balde na cabeça que aparece na embalagem do leite Moça, era ela... e eu acreditava!!! Passei anos da minha vida achando o máximo, a MINHA  tia Moça servindo de modelo para o leite Moça! UAU!!!
E assim termina uma semana cheia de emoções, cheia de altos e baixos. Certos acontecimentos, por mais dolorosos que sejam, servem para avaliarmos nossa tão corrida vida, o valor que damos a ela e os valores que são importantes na nossa vida. E já cantava Renato Russo: "é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã..." E os bichos também!
Peço desculpas as minhas amigas blogueiras pelo sumiço! É que são tantas emoções!!! :-) Na verdade, a mudança me deixou mais "atrapaiada" que o normal e soma-se às emoções, fiquei meio fora do ar, mas voltarei em breve!
Boa semana a todos!